O estado de São Paulo subdivide-se em 645 municípios e nove regiões metropolitanas: São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Vale do Paraíba e Litoral Norte, Ribeirão Preto, Sorocaba, Piracicaba, Jundiaí e Rio Preto. 

As culturas agrícolas de São Paulo não se restringe a cana-de-açúcar que tem o maior valor de produção e quantidade produzida, é acompanhada, na sequência, pelas culturas da soja, laranja, café, tomate, amendoim, banana, limão e batata. 

Para ir além dessas culturas que ocupam o ranking de produção na economia de São Paulo trazemos nesta edição a fruticultura da manga no município de Monte Alto, localizado na região metropolitana de Ribeirão Preto, como o maior produtor da fruto no estado. 

Para conhecer mais a dinâmica de produção de manga, através da entrevista a distância, contamos com a colaboração de dois peritos no assunto; Ademar José de Sousa Júnior, engenheiro agrônomo formado na Unesp/Campus de Jaboticabal, chefe da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Monte Alto e também a participação do produtor e presidente do Sindicato Rural Patronal de Monte Alto, Aparício Garbin Filho. 

Lavoura de manga Tommy Atkins, na cidade de Monte Alto (SP) (Fotos:Ademar José de Sousa Júnior)

Acompanhe a entrevista.

Jornal Pires Rural: Relate as características favoráveis do município de Monte Alto que qualifica a produção de manga, a importância econômica e a geração de empregos?

O clima (tropical úmido) é favorável a produção de manga neste município. Algumas variedades tardias sofrem com a sua frutificação coincidir com o período chuvoso do ano, aumentando doenças bacterianas nas frutas, prejudicando sua comercialização. Maior área de produção do Estado de São Paulo, com cerca de 3200 ha. Promovendo aumento de emprego na época da safra que vai de outubro à março, gerando renda anual para pequeno e médios produtores rurais.

JPR: A produção de manga do município atende os mercados: indústria, mercado de mesa, exportação, mercado de orgânico; em quais escalas?

A produção de manga na agricultura do município atende indústria, mercado de mesa e exportação nas escalas de 30%, 68% e 2%, respectivamente. Não há produção orgânica no município, ou seja, 100% convencional.

JPR: A fruticultura da manga na agricultura do município veio substituir qual cultura? E, quais são as principais variedades cultivadas? 

A cultura da manga substituiu principalmente o Limão Galego devido as erradicações por causa do Cancro cítrico. As principais cultivares são as mangas Tommy Atkins (65%), Palmer (34%) e um pouco de Espada Vermelha (1%).

JPR:Além da produção da fruta, o município produz mudas também? A sanidade da muda influencia na saúde e produção da planta? 

O município não produz mudas de manga.

JPR: Há safra de produção de manga induzida no município? 

Não há indução da manga no município, apenas a utilização de produtos (PBZ) para uniformizar a florada.

JPR: A variação do clima, a recente onda de calor no estado de São Paulo afetou as plantas? 

Influenciou sim, queima dos frutos nas bordas dos talhões, só que ainda não dá para ter uma noção de perda.

JPR: O município conta com cooperativas? 

Não há cooperativas de produtores de manga no município. 

JPR: A fruta mais produzida no município é servida na merenda escolar? 

Como a safra coincide com o período de férias escolares ela é pouco utilizada. Mas há produtores que fornecem nos meses de outubro a novembro.

JPR: Como é considerado o consumo local da fruta? Quais são as receitas que valorizam a fruta? 

Não há estudo sobre isso no município. 

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