Encontro da família de Gustavo e Bertha Jürgensen
Jornal Pires Rural – Edição 231 | LIMEIRA, Agosto de 2019 | Ano XIII

A família de Gustavo Jürgensen (1893-1969) e Bertha Greve Jürgensen (1900-1992), realizou o primeiro encontro “Família Jürgensen”, no dia 14 de julho, no bairro dos Pires, Limeira. Gustavo e Bertha tiveram sete filhos: Mathilde (im), Lúcia (im), Frederico (im), Alfredo (im), Bruno (im), José e Maria. Os filhos José Jürgensen e Maria Jürgensen Schnoor, irmãos gêmeos caçulas, tiveram a oportunidade de participar da festividade, coincidindo com a comemoração de seus 83 anos, completado em 16 de maio. 

Gustavo Jürgensen e Bertha Greve Jürgensen sentados ao centro, rodeado pelos filhos Lúcia, Bruno, Mathilde, Frederico e Alfredo, sentados Maria e José
Gustavo Jürgensen e Bertha Greve Jürgensen sentados ao centro, rodeado pelos filhos Lúcia, Bruno, Mathilde, Frederico e Alfredo, sentados Maria e José

O desejo de realizar o encontro da família Jürgensen foi manifestado por Frederico Jürgensen para a sua afilhada Lisbet Schnoor Segundo, durante uma visita que ela fez ao padrinho. “O meu padrinho pediu pois, um dia, ele tinha o gosto de reunir toda a família (há dez anos). No dia 16 de maio deste ano, eu trouxe a minha mãe Maria, pra cumprimentar o tio José, porque todo ano eles se cumprimentam. Eles disseram: ‘Ah! Se a gente pudesse reunir a família toda!’ Naquele dia eu disse: eu vou fazer! Liguei para a minha prima, Tânia Jürgensen, ela concordou e sugeriu montar um grupo no WhatsApp e assim estamos todos aqui, hoje”, contou Lisbet.

Creusa Marisa Jürgensen Bonetti, filha de Frederico Jürgensen disse que esperava por esse  momento, “eu tinha sugerido essa ideia. Estou super feliz em estar revivendo a nossa infância, as brincadeiras; foi muito bom! Maravilhoso! Meu pai sempre quiz reunir a família inteira. Ele dizia que a gente nunca podia estar longe da família, de viver junto da família. Uma das coisas que sempre aprendi com meu pai, todo final de semana a gente vinha pra cá, para o sítio, pra ver os avós, os primos, os tios. Ele zelava muito pela família. Não só os seus mas, pela da minha mãe também, que morava no sítio”. 

Para dona Maria Jürgensen Schnoor foi uma felicidade o encontro. “Estou muito feliz, porque minha filha quiz fazer e era o gosto dela e do meu irmão (Frederico)”, falou. Sr. José Jürgensen, “eu achei esse encontro maravilhoso”, descreveu. 

Dona Elmira Jürgensen, esposa de Alfredo Jürgensen, disse que quando ficou sabendo do encontro, a notícia mexeu com a cabeça dela, “eu estava meio triste e fiquei contente”. Disse lembrar do esposo todos os dias, de estarem juntos, das conversas, “me faz falta. Se ele estivesse aqui a festa era mais alegre ainda”, revelou. 

O pastor Osmar Schneider, amigo da família há trinta e quatro anos, lembrou que uma das primeiras pessoas que atendeu em casa com palavras, devoção, Santa Ceia, foi o Sr. Otto Jürgensen casado com Lúcia Jürgensen. No momento da oração, pastor Osmar lembrou do trecho bíblico de João 14:6, “onde Jesus diz: ‘Eu sou o caminho, verdade e a vida’. Jesus como único caminho, a gente pode aplicar num momento como esse, uma família tão grande reunida e Jesus é o único caminho para unir as famílias dentro de casa. Se Jesus tiver guiando o coração, a vida das pessoas da família, essa família vai viver feliz, unida e viver no caminho da salvação”.

Festa de bodas de Gustavo e Bertha Jürgensen
Festa de bodas de Gustavo e Bertha Jürgensen

A casa simples de Gustavo e Bertha estava sempre aberta para receber os amigos, eles  acolhiam para uma boa conversa e a celebração da vida. A residência do casal permanece preservada até hoje, no bairro dos Pires, uma construção de mais de um século (segundo o relato dos filhos). O terreiro onde secavam as produções de café, feijão, também era o espaço para as confraternizações em família, os festejos do Ano Novo e também foi lugar, da tão celebrada festa de bodas de ouro do casal. 

A cozinha de dona Bertha, ornamentada pelos embutidos pendurados acima do fogão à lenha, que defumavam com o calor, misturavam-se ao cheirinho da broa quentinha saindo do forno. Todo domingo, ela  preparava o café da tarde com broas, cafés, muscufe, queijo e manteiga, a mesa representava toda a generosidade do casal para receber as visitas.

As fotos, registram momentos de uma família que sempre celebrou com os seus e conseguiu estender a alegria de viver com os amigos. Estes tiveram oportunidade de aprender com o casal Gustavo e Bertha, que é possível, mesmo numa época tão difícil (quando a escassez era a regra), serem genitores de sete filhos, manter a família com fartura (com tudo o que era produzido), manter os valores, a religião. E, com a certeza de que cumpriam o seu papel, celebravam. 

Assim, como Gustavo e Bertha foram exemplos a serem lembrados por todos, a sua grande família será lembrada, a partir dessa celebração, pela alegria do encontro.

Adriel Asbahr, neto de Mathilde Jürgensen afirmou que o encontro é uma boa oportunidade, “porque eu não conhecia muitos dos que estão aqui. É legal pra ver, conhecer, reunir. É muito bacana e tem que acontecer mais vezes”, desejou.

A decoração da festa, foi organizado com mural de fotografias das famílias dos sete filhos de Gustavo e Bertha além de objetos do casal como a mesa de jantar, baú, ferramentas de trabalho entre outros. Cleide Jürgensen trouxe a bicicleta herdade de seu pai Bruno Jürgensen, “meu pai comprou essa bicicleta com o primeiro salário, do primeiro emprego (depois que saiu da propriedade da família), depois de ter prestado o serviço militar. Quando criança, sempre pedi para o meu pai uma bicicleta e ele nunca me deu. Ele dizia: ‘o dia que eu deixar esse plano e for para o outro, a bicicleta é sua’, então, a bicicleta dele ficou pra mim”, relatou Cleide. 

Desejo realizado por mais de cem familiares e amigos para um almoço de encontros, alegria, lembranças, boa comida, harmonia e o prazer de receber pessoas, assim como faziam o casal Gustavo e Bertha em sua residência. 

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